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Postado em: 06/03/2012 - 15h18 | Redação

Mulheres: a luta é por autonomia, liberdade e igualdade

 

A proposta de criar uma data internacional para celebrar as lutas e as conquistas das mulheres surgiu em 1910, na Conferência Internacional das Mulheres Socialistas. No entanto, a definição do 8 de março ocorreu em 1921, na Conferência Internacional de Mulheres Comunistas.

Esse dia foi escolhido para homenagear as operárias russas que realizaram uma greve geral contra a fome, a guerra e o czarismo, impulsionando o processo por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito de voto que marcou o início da Revolução Russa de 1917. Oficializado a partir de 1922, o 8 de março passou a simbolizar um conjunto de ações de mulheres que, cotidianamente, lutam por transformações no mundo do trabalho e na sociedade.

Assim, o Dia Internacional da Luta das Mulheres, 8 de março, tem uma longa história de lutas. Essa data não deve ser vista como um motivo festivo e comercial. Como a mulher ainda sofre discriminação no trabalho, na política e em muitos outros espaços da sociedade, as lutas não podem parar nem ser esquecidas. Ainda há muito a ser conquistado.

Nesse sentido, a Secretaria de Gênero do Sindicato – em breve Secretaria de Mulheres – se une às mulheres cutistas e a outros movimentos similares para dedicar todo o mês de março, e não só o dia 8, em memória às trabalhadoras assassinadas por sua luta, para celebrar e reafirmar os compromissos e para ampliar as conquistas. Célia Alves dos Passos, coordenadora da Secretaria de Gênero do Sindicato, enfatiza que “lutamos para que mais mulheres possam viver com autonomia e igualdade”.

A Secretaria de Mulheres da CUT neste ano fará uma série de ações durante todo o mês, que terá como tema central: Igualdade de oportunidades e de direitos para um desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda e valorização do trabalho.

Licença-maternidade de 180 dias

A luta pela licença-maternidade de 180 dias é uma das principais reivindicações das trabalhadoras da categoria. Mesmo com o governo federal dando uma série de incentivos às empresas que concederem a licença-maternidade de 180 dias, no ramo químico, em São Paulo e região, a grande maioria das empresas não aderiu.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a amamentação e os cuidados maternos são fundamentais nos primeiros meses de vida da criança. A licença-maternidade de 180 dias cumpre com essa recomendação da OMS. Ainda entende-se que as responsabilidades sobre a criança devem ser compartilhadas entre mulheres e homens. No entanto, muitas mulheres, nos primeiros meses do exercício da maternidade, se veem forçadas a se desligarem do trabalho em decorrência da falta de estrutura familiar.

A ampliação da licença-maternidade é uma das formas de contribuir para que as mulheres tenham tempo de se preparar para o retorno ao trabalho.