Mobilização por distribuição de absorventes cresce em todo o país
O veto de Bolsonaro à distribuição de absorventes gratuitos expõe a ‘pobreza menstrual’, conceito que abrange não somente o acesso a itens de higiene, mas também a ausência de informações sobre a menstruação, a tributação excessiva sobre os protetores menstruais e a falta de acesso ao saneamento básico.
Após o veto a um dos itens do projeto da deputada Marília Arraes (PT-PE), que prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes, mulheres em situação de vulnerabilidade e em situação de cárcere, a mobilização tem crescido em torno do tema.
Nos últimos dias, parlamentares, ativistas e apoiadores da causa têm feito publicações no Twitter, Facebook e Instagram usando as hashtags #DignidadeMenstrualJÁ e #DerrubaVeto59.
Nesta segunda-feira (11), sindicalistas da CUT e de entidades filiadas de diferentes partes do Brasil lançaram vídeos nas redes sociais contra a situação de precariedade e de vulnerabilidade econômica e social vividas por diferentes pessoas no país.
Para a dirigente sindical Junéia Batista, que representa a pasta da Mulher Trabalhadora da CUT Brasil, o acesso à higiene menstrual deve ser considerada uma questão de saúde pública e de direitos humanos, como preconiza a ONU.
Segundo relatório Livre para Menstruar, produzido pelo movimento Girl Up, uma em cada quatro adolescentes brasileiras não possui um absorvente durante seu período menstrual.