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Postado em: 10/11/2014 - 12h14 | Redação

Ministro do TST relaciona terceirização à desigualdade

Durante encontro para discutir a terceirização nas atividades-fim das empresas, o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), criticou as tentativas de aumento da terceirização no país. “Terceirização, para mim, equivale a uma palavra: desigualdade”, enfatizou o magistrado, apontando, inclusive, para um desrespeito à Constituição nesse tipo de iniciativa, já que o documento define a construção de “uma sociedade livre, justa e solidária” como um dos objetivos da República.

Para Mello Filho, além da perda de direitos, a terceirização também implica uma “perda da identidade profissional do trabalhador”, que não se sente conectado à empresa. Outro fator levantado pelo ministro é a diferença de remuneração entre trabalhadores contratados e terceirizados, citando como exemplo as discrepâncias salariais entre bancários e funcionários de call certer no setor. Afirmando que, entre 1995 e 2008, 81% dos trabalhadores falecidos em acidentes na Petrobras eram terceirizados, Mello Filho ironizou a defesa da terceirização. “E dizem que isso é melhoria das condições sociais”, declarou.