Ministério é do Trabalho e não do registro sindical
Durante a abertura do encontro do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador CUT, na última terça-feira (2), o presidente da Central, Vagner Freitas, reforçou a necessidade dos trabalhadores conquistarem uma maior representação no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff (PT). Na avaliação do dirigente, antes de qualquer coisa, é preciso transformar o Ministério do Trabalho num protagonista dentro do governo, independentemente do nome que vai ocupar a pasta.
“O Ministério não é só para fazer registro sindical, mas para fomentar crescimento e desenvolvimento. Tem que ter assento no Conselho Monetário Nacional para discutir política econômica, tem que ser responsável pela política de formação profissional. E deve também estar inserido no debate sobre desenvolvimento regional, porque não se discute desenvolvimento sem trabalhador”, apontou, frisando que a luta da CUT, porém, não se restringirá a esse tema, englobando outras demandas da classe trabalhadora.
“O governo é de enfrentamento e disputa. A coalizão que elegeu Dilma não é de esquerda e está ladeada de conservadores. Precisamos construir nossas reivindicações sabedores da conjuntura com a qual convivemos e sem tentar soluções do passado para problemas do presente, que são distintos do que já vivemos. Nossa disputa é institucional também, mas fundamentalmente nas ruas. O poder vem das ruas, da militância”, pontuou o sindicalista, sugerindo que a Central deve promover um grande movimento em favor da carteira assinada, contra a rotatividade, a terceirização e a informalidade.