Liminar suspende a lei que bane as sacolinhas plásticas
A tentativa de demonizar as sacolinhas plásticas como a grande vilã do meio ambiente não encontrou eco na Justiça. O Sindicato das Indústrias Plásticas do Estado de São Paulo conseguiu liminar que suspende a decisão tomada na Câmara Municipal de São Paulo contra a distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados da Capital.
Entre outros motivos parece inconstitucional a proibição de um tipo de material, até porque não há indícios concretos de mal ao meio ambiente, mas tão somente uma artimanha para promover o lucro desenfreado de um setor específico. O resultado, em primeira análise, é um custo maior nas compras dos consumidores.
A luta dos trabalhadores do setor contra a proibição dá conta que haverá um número elevado de desemprego na categoria e estudos mostram que a sacolinha não faz um mal maior que outros produtos ao meio ambiente. A Câmara Municipal terá 30 dias para se pronunciar, mas estamos confiantes numa decisão favorável.
O banco dos réus deveria, nesse momento, ter outro ocupante. A sugestão é que a mesma Câmara Municipal que aprovou o banimento das sacolinhas pense em um projeto que estabeleça o banimento da sujeira na cidade e a coleta seletiva, que é inexistente em São Paulo. Parece ser mais inteligente organizar o lixo do que tirar empregos de milhares de trabalhadores.