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Postado em: 27/03/2009 - 16h02 |

Kassab sede à especulação imobiliária

A Câmara Municipal de São Paulo votou em 24 de março a revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade, lei municipal que organiza o crescimento da cidade e é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.

A Prefeitura da Capital decidiu, há anos, controlar o crescimento da cidade mediante a três instrumentos: a outorga onerosa, que é a concessão emitida pelo Município para que o proprietário de um imóvel construa acima do limite estabelecido, as operações urbanas e as concessões urbanísticas.

Veio aí o Plano Diretor de 2002, na gestão marta Suplicy, PT, uma estratégia defendida por urbanistas, que estabeleceu diversas normas para toda a cidade, entre elas, a questão do tamanho da área permitida para construção que deve ser apenas uma vez a área do terreno, porém, o proprietário pode construir até quatro vezes mais, des de que, pague a outorga onerosa.

Essa cobrança emitida pela prefeitura, tem como objetivo, arrecadar recursos para melhorias viárias, urbanização de favelas e implantação de parques.

O atual prefeito, Gilberto Kassab, além de não cumprir a lei, propõe a a alteração do plano atual e exclui integralmente artigos referente a Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida.

Entre as alterações, que causaram grande polêmica, é a privatização da avenida Santa Efigênia, que hoje, é um grande centro comercial da cidade. A proposta enviada à Câmara pelo prefeito atende aos interesses dos especuladores imobiliários.

Os vereadores de oposição, urbanistas e entidades da sociedade civil, como o Sindicato dos engenheiros, por sua vez, estão decididos a impedir essas mudanças. “Querem transformar o Plano Diretor em mero instrumento para mudar o zoneamento”, diz o vereador Francisco Macena, o Chico Macena, PT, ex-presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

O presidente do Movimento Defenda São Paulo, Heitor Marzagão, que encabeça um abaixo assinado com entidades como o Instituto Polis, Sindicato dos Arquitetos, Sindicato dos Engenheiros e dezenas de associações de bairros, denuncia “Estão transformando a Câmara em um balcão de negócios”.