Jovens, mulheres e negros, do Nordeste, são os mais atingidos pelo desemprego
O IBGE divulgou em 17 de agosto a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) que retrata a situação do mercado de trabalho e constata taxas desemprego maiores na região Nordeste e entre trabalhadores jovens e negros, mulheres e pessoas com menos escolaridade.
A média nacional no segundo trimestre, segundo já havia divulgado o IBGE, foi de 13%, um pouco abaixo do período encerrado em março (13,7%) e bem acima de igual período do ano passado (11,3%). A estimativa é de 13,486 milhões de desempregados. Entre as regiões, as taxas variam: 8,4% (Sul), 10,6% (Centro-Oeste), 12,5% (Norte) e 13,6% (Sudeste) e 15,8% (Nordeste).
Os estados com maior índice são Pernambuco (18,8%) e Alagoas (17,7%). As menores taxas foram registradas em Santa Catarina (7,5%), Rio Grande do Sul (8,4%) e Mato Grosso (8,6%). Em São Paulo, a taxa ficou em 13,5%.
Nos grupos de pessoas de 14 a 17 anos e de 18 a 24 anos, as taxas de desemprego são de 43% e de 27,3%, respectivamente. Esse segundo grupo concentrava 32% dos desempregados do País. A maior parcela era da faixa de 25 a 39 anos (35,1%).
Entre as pessoas que se declararam brancas, o índice fica abaixo da média nacional (10,3%) e sobe para 15,8% entre pretos e 15,1% entre pardos, conforme a classificação do instituto. O desemprego vai a 11,5% para os homens e a 14,9% para mulheres.
No recorte por escolaridade, a taxa de desemprego para pessoas com nível superior completo foi de 6,4%, subindo para 14% entre aqueles com superior incompleto. Aumenta ainda mais para quem tem ensino médio incompleto: 21,8%.
O IBGE estima em 90,236 milhões o número de ocupados no país, sendo 68% empregados, 4,6% empregadores, 24,9% trabalhadores por conta própria e 2,4% no chamado trabalho familiar auxiliar. A participação de trabalhadores por conta própria cresce no Norte (31,8%) e no Nordeste (29,8%).
*Com informações da Rede Brasil Atual