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Postado em: 14/09/2006 - 15h22 | Redação

Inflação sob controle favorece camadas mais carentes da população

A queda na inflação beneficia os brasileiros, principalmente as camadas de baixa renda. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), baseado na cesta de consumo de famílias que recebem entre um e oito salários mínimos, registra uma inflação de apenas 1,1% em 2006 e deflação de 0,02% em agosto.

O professor de Economia da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha, afirmou que “a inflação de alimentação e transportes, que pesa muito para os pobres, está muito baixa”. Ele observa, ainda, que “a manutenção do poder de compra, ao lado dos desembolsos do Bolsa Família, soma-se à queda nos preços dos alimentos para produzir melhora substancial no orçamento das famílias mais pobres”. Em julho e agosto, o preço do feijão preto caiu 7%, o do feijão carioca recuou 20% e o leite pasteurizado teve deflação de 5%.

“O real valorizado é uma arma antiinflacionária particularmente eficaz para a cesta de consumo dos mais pobres, que tem maior concentração de produtos, ao contrário do padrão de despesa da classe média, no qual os serviços pesam mais”, comentou Ricardo Carneiro, economista da Unicamp.

Em agosto, a inflação foi de 0,05%, acumulando 1,78% no ano. Com isso, a previsão dos analistas é de que a inflação de 2006 ficará na casa dos 3%, permitindo a retomada de crescimento do Brasil.