Impeachment representa ameaça aos trabalhadores
Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) destacou na sua coluna de hoje (14) no jornal Folha de S. Paulo algumas das mudanças que serão implantadas no País caso o processo de impeachment seja aprovado, o que ele classificou como o “pacote do golpe”.
Todos os itens afetam diretamente os direitos sociais e trabalhistas no País. Se o impeachment for aprovado, Michel Temer assumirá no lugar da presidenta Dilma, e terá o deputado Eduardo Cunha como o seu vice.
O PMDB, partido de Temer e aliado dos empresários, pretende implantar no Brasil o documento chamado “Uma Ponte para o Futuro” que prevê, em outras coisas, a retirada de direitos dos trabalhadores, por meio da terceirização, do fim do salário mínimo e da reforma da aposentadoria (exigindo uma idade mínima), que não leva em conta que o brasileiro começa a trabalhar, em média, aos 16 anos de idade.
Programas sociais como ProUni e Bolsa Família também correm risco de serem extintos, com uma redução dos subsídios destinados a eles. A saúde e a educação não terão mais um gasto mínimo, sendo que os recursos dessas áreas serão destinados ao pagamento de dívidas do governo. A proposta de privatização de estatais como a Petrobrás também é ruim, pois retiraria do Brasil os benefícios oriundos da empresa.