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Postado em: 14/03/2013 - 12h42 | Rede Brasil Atual

Homenagens marcam 40 anos da morte de Alexandre Vannuchi pela ditadura

 

São Paulo – A Comissão Estadual da Verdade paulista, ao lado de diversas entidades e organizações civis, promovem uma série de atividades na amanhã e sexta-feira (14 e 15) para homenagear o estudante Alexandre Vannucchi Leme, morto em 1973 durante a ditadura.

O principal ato está marcado para a sexta, quando a Comissão de Anistia, do Ministério da Justiça, fará um julgamento simbólico que dará a Alexandre a anistia política. Em 17 de março de 1973, o estudante (de Geologia, na USP) foi preso, sendo em seguida torturado até a morte. A notícia só foi divulgada pelas autoridades militares no dia 23 – a causa declarada da morte foi atropelamento por um caminhão, após tentativa de fuga. Seu corpo foi enterrado como indigente, no cemitério de Perus, na região metropolitana de São Paulo.

No dia 30 de março, uma missa em sua homenagem reuniu milhares de pessoas na catedral da Sé, no que foi considerada a primeira grande manifestação de massa contra a ditadura após o AI-5, de 1968. “Aquela missa foi um divisor de águas”, disse o jornalista Sergio Gomes, um dos organizadores das homenagens a Alexandre Vannuchi, à TVT.

Segundo Sergio, 40 anos após a morte de Vannuchi pelo regime militar, “a data não pode passar em branco, sobretudo porque interessa aos jovens”.

Amanhã, está programada uma apresentação, no Centro Cultural São Paulo, região central da capital, do cantor e compositor Sergio Ricardo, que reprisará seu célebre “Conversando com a Paz”, show com que percorreu circuito universitário da época. Na sexta, no Instituto de Geociências da USP, haverá a 68ª Caravana da Anistia do Ministério da Justiça, numa cerimônia que marcará formalmente a anistia como preso político e o pedido de desculpas pelo Estado brasileiro à família de Alexandre Vannuchi. Os eventos serão abertos a “todos os que acreditam que é preciso a democracia”, como disse Gomes.