Governo de São Paulo esconde documentos sobre transporte público
O governador Geraldo Alckmin é acusado de esconder arquivos relativos aos transportes públicos de São Paulo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a medida de classificar diversos documentos relativos à Companhia do Metropolitano (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e ônibus intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) como “ultrassecreto”, foi tomada antes da eleição que garantia o novo mandato de Alckmin.
A medida, decretada no ano passado, garante que tais documentos só se tornem públicos em 2039, daqui a 25 anos. Mais de 157 documentos foram selecionados pelo governador tucano, incluindo relatos de obras, boletins de ocorrência da polícia e estudos de viabilidade de projetos.
A Folha de S. Paulo ainda diz que a providência foi tomada após uma tentativa do jornal de ter acesso aos projetos básico e executivo do monotrilho da Linha 15-prata, na zona leste, e do monotrilho 17-ouro, ambos entregues com atraso segundo cronograma do próprio governo do estado.
Em resposta, Geraldo Alckmin justificou-se alegando que escondeu a documentação pelo “risco à segurança da população e de altas autoridades”, além de evitar que pessoas “mal-intencionadas” ou “inabilitadas” tivessem acesso ao conteúdo das pastas. Depois, em nova resposta, declarou que reavaliaria sua decisão e que desconhecia a classificação sobre os documentos.