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Postado em: 13/11/2020 - 14h34 | Redação

Globo culpa Dilma pela crise, injustamente

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome nos dois mandatos da presidenta Dilma Rousseff (2011-2016), Tereza Campello, criticou duramente a edição do Fantástico  (Rede Globo), do último domingo (8).

Segundo ela, o programa dominical tentou covardemente atribuir a Dilma um conjunto de erros que acontecem após o governo dela, já durante o processo de impeachment (em 2016). “O maior erro de todos é tratar os anos 2010 como uma ‘década  perdida’ no combate à pobreza e à desigualdade. É uma injustiça com a história do Brasil”, afirmou a ex-ministra.

Dados do  IBGE mostram  que, segundo critérios das Nações Unidas, em 1995, quando começou o governo de Fernando Henrique Cardoso, o número de pessoas em situação de pobreza era de 34,5 milhões de pessoas no país. Entre 1995 e 2003, quando iniciou o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, esse número chegou a 42 milhões.

Nos governos Lula e Dilma Rousseff, a pobreza cai de maneira sistemática até 2014 , chegando a aproximadamente a 14 milhões de brasileiros. Tereza observa que esse é o número mais baixo da história do país, justamente ao longo do período que o economista Pedro Ferreira de Souza, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entrevistado pelo Fantástico, classifica de “década perdida”, os anos 2010.

A pobreza continuou caindo mesmo depois de o mundo entrar em grave crise financeira, em 2008. As desigualdades começam a crescer novamente no país em 2015, “quando Dilma já estava sob boicote e o governo, atacado”, afirmou Tereza. “Nenhum projeto, inclusive o que tentava atualizar o Bolsa Família, foi aprovado. Não aprovamos nada (no Congresso) em 2015 e o Brasil entrou em situação difícil.” A partir de 2017, a pobreza chegou a 21 milhões de pessoas.

*Com informações da Rede Brasil Atual