SINDICATO NO WHATSAPP

Notícias

Voltar
Postado em: 01/08/2011 - 14h28 | Redação

Financiamento público de campanha X Financiamento privado de campanha

 

O atual debate sobre a Reforma Política tem um tema central que, embora pareça polêmico, encontra boa receptividade entre políticos e estudiosos da área: o financiamento público da campanha eleitoral. Hoje, o financiamento é feito pelo próprio candidato ou por empresas que têm algum interesse nas ações dos candidatos, não importa em qual cargo.

Antes de fecharmos com qualquer posição, é importante fazer algumas reflexões. Quanto custa uma campanha para deputado ou vereador? Quem financia a campanha do candidato? Imagine que determinado grupo empresarial financia um candidato e despeja milhões na campanha. Se eleito, aos interesses de quem esse deputado ou vereador defenderá no parlamento?

A resposta é óbvia: o eleito vai defender os interesses de quem financiou sua campanha. Mesmo que o candidato tenha feito muitas promessas ao povo durante a campanha, na hora H, ele pode não cumprir com a palavra dada aos eleitores e ficar ao lado dos financiadores. Infelizmente, o povo não lembra em quem votou e ainda poderá votar no mesmo candidato quatro anos depois.

Se os recursos para a campanha eleitoral vierem dos cofres públicos, o candidato eleito não precisará se preocupar em atender os interesses de grupos empresariais, mas simplesmente ao povo que o elegeu e que, ao pagar seus impostos, financiou a sua campanha. Além disso, a distribuição dos recursos seria equilibrada entre os partidos, garantindo uma concorrência mais justa na disputa eleitoral do que o formato atual, em que vemos algumas campanhas milionárias.

Os grandes jornais que nos bombardeiam com a ideia de que é errado ter um financiamento público para as campanhas eleitorais sob a justificativa de que o dinheiro deveria ser destinado à saúde e à educação, na verdade, querem manter tudo como está, o que favorece aos setores patronais que despejam milhões em determinadas campanhas e depois cobram a fatura. Por esse motivo, a CUT e o Sindicato dos Químicos de São Paulo defende o financiamento público de campanha eleitoral.