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Postado em: 06/07/2020 - 21h34 | Redação

Fechamento de postos de trabalho provoca efeito cascata no mercado

A última  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que compara o trimestre de dezembro/2019 a fevereiro/2020 com o trimestre março-maio, mostra que 3,98 milhões de trabalhadores informais perderam sua principal fonte de renda.  No caso dos formais, 1,99 milhão ficaram desocupados.

A pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e divulgada na semana passada mostra que, pela primeira vez, mais da metade da população brasileira em idade para trabalhar está sem ocupação.

Segundo o instituto os números refletem duas crises econômicas: a primeira, em curso desde 2019, reflete a recessão brasileira sob a desastrosa política do governo  Bolsonaro; a segunda, mais recente, capta os efeitos da pandemia.

Para Clemente Ganz Lúcio, diretor do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), a crise vai deixar um contingente de endividados e corroer a renda sobretudo entre os informais, mesmo com medidas como o auxílio emergencial de R$ 600 para a baixa renda. “Enquanto outros países já trabalham para pensar a saída da crise, o governo do Brasil fala em reformas”, critica Clemente.

Sem acesso à rede de proteção social do emprego com carteira assinada, o trabalhador informal está mais exposto aos efeitos das crises. Geralmente estão em funções que dependem da renda dos demais trabalhadores e ficam sem opção quando há uma queda da atividade econômica.