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Postado em: 05/04/2021 - 21h33 | CUT

Especialistas defendem lockdown para salvar vidas

Especialistas do movimento “Abril pela Vida”, em uma carta enviada ao presidente Bolsonaro, alertam que se o Brasil não adotar três semanas de lockdown (medida mais rígida que proíbe a circulação de pessoas), o número de óbitos deve disparar.

Bolsonaro  é contra o isolamento social e já entrou até com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra governadores que adotaram a medida. Perdeu a ação, mas continua acusando os governadores de serem responsáveis até pela fome que aumentou no país.

O não cumprimento da população às medidas restritivas, somado ao negacionismo de Bolsonaro, que apareceu em vários locais sem o uso máscara, sem distanciamento social, provocando aglomerações e sabotando o lockdown adotado por governadores e prefeitos, custou caro ao Brasil que entrou numa crise que pode não ter volta se demorar agir, como defendem cientistas.

Na carta, os especialistas defendem, entre outros motivos, que é preciso reduzir a circulação do vírus para evitar o surgimento de novas variantes, o que pode tornar as vacinas obsoletas. Pedem,  ainda, o aumento da testagem no país, com acompanhamento das pessoas testadas. Coisas que o governo brasileiro nunca fez.

O Brasil enfrenta a pior crise sanitária, hospitalar e funerária da história. A ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pelo país beira 100%. Não há vagas para leitos, faltam insumos e medicamentos para pacientes graves, há risco de faltar oxigênio, e tudo isso não foi por falta de aviso ao governo federal.

Mortes nas últimas 24 horas

Neste domingo (4), Brasil registrou 1.233 mortes por Covid e 30.939 casos da doença. Vale ressaltar que a queda nos números é esperada para um domingo após um feriado. Os dados da Covid-19 no país costumam ser menores nessas datas, por atrasos de notificação nas secretarias de saúde.

O Brasil teve a pior semana da pandemia, com 19.231 mortos, de segunda, 29 de março, até este domingo.

Foram 331.530 vidas perdidas pela Covid-19 e a 12.983.560 pessoas infectadas desde o início da pandemia.