Esforço do Governo para enfrentar a crise
O esforço do Governo Federal para enfrentar a crise econômica foi notado por todo o mundo. Segundo o jornal inglês FT (Financial Times), o Brasil ganhou respeito ao se destacar nas soluções apresentadas para o momento econômico. Lula não é apenas “O Cara”, como disse o presidente norte-americano Barack Obama, ele é o líder que mesmo antes da crise ser notada apresentou medidas efetivas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e, posteriormente, a redução do IPI (prorrogado até o fim de 2009). Se fosse um governo PSDB/DEM, a crise seria muito maior.
Medidas populares como o Programa Bolsa Família e a criação de linhas de créditos para financiamento de casa própria também devem ser consideradas, além do reajuste do salário mínimo que alcançou outro patamar no Governo Lula. Importante lembrar que o salário mínimo é recebido por muitos aposentados e é imprescindível fonte de renda nas regiões mais pobres do Brasil. O aquecimento da economia com medidas simples e que priorizam os pobres seja com comida, seja com moradia, seja com salário da aposentadoria, marcam as iniciativas do Governo Federal.
O Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo pensa a crise por um enfoque diferente, não entendemos que ela se instalou exclusivamente agora. Mas que faz parte de um processo onde o lucro desmedido não é mais comportado. A natureza já gritou várias vezes, avisando que o sistema tende a cair. A estratégia é saber e trabalhar para que o sistema que substitua o atual não seja um pior ou mascarado de novo sistema. Um trabalhador no poder foi providencial nesse momento.
A América Latina dá sinais que outras alternativas são possíveis, seja com Lula, seja com Chaves. Os movimentos sindicais/sociais organizados também demonstram força. A influência deles (movimentos) é o maior motivo de resistência abaixo da linha do Equador. A crise não ajudou ninguém, é claro, mas evidenciou os desgastes do sistema. Não é mais possível defender o neoliberalismo, por falar no diabo (neoliberalismo), onde foram parar os defensores?
Fora de contexto, o golpe militar em Honduras se apresenta anacrônico. É momento da democracia se fortalecer na América Latina e o golpe representa um retrocesso. A CUT e os movimentos populares por todo o mundo já apresentaram seu apoio ao presidente Manuel Zelaya. Não apenas pela aprovação popular que o presidente tem em Honduras, mas principalmente porque contrariar os interesses populares em favor de ditador militar não é aceitável em lugar nenhum do mundo.