Entidades reivindicam plano de emergência para reverter crise da água
O Coletivo de Luta pela Água – criado em janeiro com a participação de organizações não governamentais, gestores do setor, movimentos sociais e sindical – se reuniu na última semana e apresentou um manifesto com uma série de propostas para enfrentar a crise no abastecimento. O coletivo quer que o governo Alckmin decrete Estado de Calamidade Pública nas Bacias do Alto Tietê e do Piracicaba, Capivari e Jundiaí e que apresente logo um plano de emergência, contemplando, entre outras medidas:
– prioridade ao abastecimento para consumo humano e dessedentação de animais;
– manter sem interrupção o abastecimento dos imóveis em que residam populações internadas, vulneráveis ou serviços públicos de administração pública ou privada (hospitais, unidades de saúde, asilos, creches, escolas, presídios, delegacias, aeroportos, rodoviárias);
– administrar com equidade a falta de água de modo a não penalizar a população que mora nas periferias e nos pontos mais altos;
– distribuição imediata de caixas de água para todos os imóveis de população de baixa renda que não disponham;
O coletivo também reivindica transparência na divulgação dos dados pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e anunciou que entrará com uma Ação Civil Pública para responsabilização do governo Geraldo Alckmin (PSDB) pela crise.
Também ficou definido um ato para o próximo dia 20 de março, Dia de Luta pela Água. O local ainda deve ser definido.