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Postado em: 06/02/2009 - 12h17 |

Empresas preservam salários dos executivos

As empresas estão propondo redução de jornada de trabalho e redução de salários, com desculpa da crise econômica mundial, porém essa é uma forma ilegal de flexibilizar as leis trabalhistas.

No entanto, os empresários não falam em reduzir os salários dos executivos brasileiros, que são os mais altos da América Latina e sexto maior do mundo.

Os executivos brasileiros são os mais bem-pagos dentre os latino-americanos. No Brasil, o salário de presidentes e diretores só aumenta e pode chegar a ser 80 vezes maior que um funcionário da produção.

No ramo químico (indústria química, farmacêutica, plástica, tintas e vernizes, fertilizantes, velas e resinas, petroquímica, etc…) o salário anual de um executivo pode chegar a um milhão de reais. A indústria química Basf, por exemplo, pagou em remuneração aos seus executivos mais de R$ 120 milhões e ainda paga o bônus conforme o desempenho do executivo. Na companhia existe o “Programa de Remuneração Variável” de executivos que pode chegar a mais de R$ 300 mil no ano. Os executivos da Apsen Farmacêutica, de São Paulo, são os mais satisfeitos quando o assunto é remuneração. O salário está 10% acima do mercado e a remuneração total pode chegar a 15 salários no ano.

A Natura, paga aos seus executivos bônus coletivos e individuais de até 12 salários em recompensa por desempenho e um conselheiro da Avon recebe em média 8000 a 12000 por mês.

Esse é o outro lado da moeda, que poucos conhecem.

O Sindicato não vai admitir redução de jornada de trabalho, com redução de salários e a revogação de nenhum dos direitos e conquistas da categoria. As empresas podem e devem reduzir os altos salários de seus executivos, afinal, todos têm que contribuir no combate a crise.