Editorial: sem quadrado e sem mágica
Se você está imaginando que mais adiante vai ler sobre a seleção de Parreira, esqueça. A falta de quadrado e a ausência de mágica a que nos referimos, aqui, são sobre a travessia que temos pela frente. Vamos insistir nessas teclas, ou melhor, nos temas eleições 2006, em outubro próximo, e campanha salarial dos trabalhadores que têm data-base em novembro.
Os partidos políticos, uns mais outros menos, arredondaram suas estratégias para as eleições de outubro. Definiram seus candidatos, protagonizaram as alianças possíveis e já estão a pleno vapor a pedir nossos votos. Cabe a nós, agora, ficarmos atentos. É preciso tomar conhecimento de programa de governo e propostas dos candidatos a cargos parlamentares, antes de decidir.
Voto é coisa séria, tem a ver com a definição do país e do estado que você deseja, sobretudo no futuro. Gritaria, calúnia e tentativa de desqualificação dos demais candidatos não podem ser critérios para definir o seu. Preste atenção no que cada um tem a dizer e propor rumo a um Brasil cada vez melhor. Esse é o debate que deve ser feito.
Quanto à mágica, vale o velho provérbio: dinheiro não cai do céu. A indústria passa por um bom momento (produz, vende e fatura), logo, chegou a hora da conquista de aumento real nos salários. A campanha salarial de novembro começa desde já, com muito debate sobre os temas que colocamos e, principalmente, com a união de todos os trabalhadores em busca dos nossos objetivos.
Os números revelados nesta edição sobre as indústrias dos setores químico, plástico, cosmético e de tinta não deixam dúvidas: para que seja duradoura a boa saúde produtiva e financeira das empresas é preciso que os trabalhadores sejam reconhecidos, em especial com melhores salários.
Diretoria colegiada