Editorial: (Des) educação tucana
Na edição de segunda-feira, 12 de março, do jornal Folha de São Paulo, fomos surpreendidos com a seguinte notícia: um ex-ministro e dois secretários de Estado, todos da área da Educação, culpavam uns aos outros pela falência do ensino público estadual paulista. São do mesmo partido, o PSDB, da época dos governos FHC e Alckmin. Como não conseguem jogar a culpa nos outros, brigam entre si.
O fato é que os intelectuais tucanos, com seus doutorados e PHDs, estão reprovados também no quesito educação. Eles acabaram com o ensino público de São Paulo. E o governo Serra vai pelo mesmo caminho. Hoje, este Estado, que é considerado a locomotiva econômica do país, é a vergonha nacional da educação.
Não é difícil compreender como o ensino público do Estado chegou a esta situação. Doze anos de governo tucano em São Paulo significou o mais completo atraso na educação. As escolas de lata, que Serra tanto denunciou em campanha eleitoral, existem aos montes na rede estadual. Os professores enfrentam salas superlotadas, condições precárias de trabalho e têm os mais baixos salários do país.
Para gente como Serra, FHC, Alckmin e outros do PSDB, filho de pobre não tem que ter ensino de qualidade. Consideram que este é um privilégio só para eles, seus filhos e netos, que podem pagar fortunas com escolas particulares.
Na mentalidade dos tucanos, investimentos em ensino e saúde pública significam despesas, gastos que estados governados por eles devem evitar, como fizeram e fazem em São Paulo. Daí a calamidade, a vergonhosa situação do ensino estadual.
Diretoria colegiada