Editorial: Brasil/Bolivia, não há crise
O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu recolocar as reservas naturais de seu país como patrimônio da nação boliviana e não mais simples objeto de exploração das empresas, inclusive a Petrobrás.
Um ato de soberania nacional que deve ser respeitado pelos demais chefes de Estado, como fez o presidente Lula, mas que vem causando alvoroço em setores da mídia e na oposição ao governo federal. Defendem um ato de força do Brasil contra a Bolívia. Um confronto desnecessário.
A verdade é que buscam argumentos para atacar o presidente Lula. Já que todas as tentativas, até agora, deram em nada. A popularidade do governo cresce e a maioria da população vê e reconhece a boa gestão petista na presidência da República.
Através da negociação será possível o entendimento. Encontro recente entre governantes do Brasil (Lula), Bolívia (Evo Morales), Argentina (Kirshner) e Venezuela (Hugo Chavez) aponta nesse sentido. O resto é escândalo sem propósito de quem tenta atacar o presidente Lula.
Não haverá interrupção no fornecimento do gás. A questão da exploração do petróleo está sendo renegociada entre o governo boliviano e a direção da Petrobrás e o mais importante: não haverá aumento de preços por conta disso.
Estão assegurados, portanto, a soberania boliviana e os interesses do povo brasileiro. Sem confronto, sem confisco, sem guerra, sem ocupações, como querem os admiradores da política de Bush, de agressão e desrespeito à soberania de outros povos.
Diretoria colegiada