Dirigentes do Sindicato se encontram com representante da ICEM
Nivelar por cima, com base nos melhores padrões de salários e condições de trabalho é o objetivo do Sindicato dos Químicos de São Paulo em relação às empresas multinacionais existentes na categoria. Por isso, os dirigentes do Sindicato Geraldo Guimarães, Osvaldo Bezerra (Pipoka), Ronaldo Lima e Kazú (também coordenador Geral da Confederação Nacional do ramo Químico da CUT), se reuniram essa semana em São Paulo com Kemal Ozkan, responsável pelo Setor de Indústrias Químicas e Farmacêuticas da ICEM, a Federação Internacional de Sindicatos da Química, da Energia e da Mineração à qual o nosso Sindicato é filiado.
Na qualidade de sindicato global, a ICEM está em posição de estabelecer contato com sindicatos e diretorias de empresas em todos os países, principalmente os mais industrializados.
E esse é o objetivo imediato do Sindicato segundo o coordenador da Secretaria de Organização de Base Geraldo Guimarães, também trabalhador da Bayer: “Nossa estratégia para melhorar as condições e as relações de trabalho nas empresas da categoria – produção e escritórios administrativos – passa pela nossa vinculação internacional, já que as indústrias químicas e farmacêuticas são cada vez mais globalizadas.”
“As decisões mais importantes são tomadas lá fora, na matriz das grandes empresas, principalmente em relação à reestruturação industrial que causa desemprego e precarização”, complementa o companheiro Kazú.
Para o dirigente Ronaldo Lima, também membro da Coordenação da Rede de Trabalhadores no Grupo AkzoNobel, “as condições de trabalho e de salários difere muito entre a matriz e o que temos por aqui nas nossas unidades. Por isso, temos que criar e fortalecer as Redes de Trabalhadores que podem exigir o nivelamento por cima, pelos melhores padrões”, afirma.
O representante da ICEM, companheiro Kemal Ozkan, se comprometeu a contatar os sindicatos dessas empresas nos seus países de origem para nos ajudar na troca de informações sobre as condições existentes naqueles países e para fortalecer a nossa relação e organização internacional.
Para ajudar nessa tarefa estratégica para o futuro do nosso Sindicato, foi criada uma Assessoria de Organização e Cooperação Internacional junto à diretoria, conforme explicou o companheiro Pipoka, coordenador de Administração e Finanças do Sindicato: “O objetivo da assessoria é ajudar os nossos dirigentes no trabalho junto às empresas multinacionais, em termos de informação, sindicalização, organização de Redes e negociação. Por isso estamos investindo na ampliação da capacidade de ação do sindicato também nessa esfera internacional. Afinal, nosso Sindicato é um dos que mais tem empresas multinacionais na sua base, inclusive brasileiras, como a Braskem, Eurofarma e Nitroquímica (grupo Votorantin).”
(*) Com informações de Nilton Freitas, Assessor de Organização e Cooperação Internacional.