Dilma, o pré-sal e as escolas em tempo integral
O programa de governo de Marina Silva, do PSB, coordenado pela herdeira do banco Itaú Neca Setúbal, simplesmente deixa de lado uma conquista que é de todos os brasileiros: o Pré-Sal. Engana-se quem pensa que foi só um esquecimento, até justificável para quem chegou às pressas no pleito eleitoral por conta de uma fatalidade. Não é. Está claro que, num eventual governo de Marina, o pré-sal não será prioridade.
É importante que todos saibam os riscos de colocar o Pré-Sal em segundo plano. A presidenta Dilma Rousseff já definiu que 75% dos recursos obtidos com royalties do Pré-Sal serão destinados exclusivamente ao ensino público. Isso significa quase R$ 200 bilhões nos próximos 10 anos, que viabilizam boa parte dos avanços previstos no Plano Nacional de Educação.
Ao mesmo tempo em que Marina Silva deixa naufragar o Pré-Sal, ela acaba com as perspectivas de implantação, por exemplo, das escolas em tempo integral. Nos governos de Lula e Dilma, o orçamento da Educação já teve um aumento real de 218%, lançando a base para uma grande transformação que vai posicionar o Brasil, em definitivo, na sociedade do conhecimento. Em seu governo, a presidenta Dilma levou a educação de tempo integral para 56 mil escolas públicas em todo o país, e vai chegar, até o fim deste ano, à marca das 60 mil. Os recursos do Pré-Sal são imprescindíveis para impulsionar este grande salto de qualidade nas instituições de ensino.
As escolas que ingressam no programa Mais Educação oferecem, no mínimo, sete horas diárias de atividades, que compreendem aulas das disciplinas do currículo, acompanhamento de leitura e estudo, acompanhamento pedagógico e atividades orientadas nos campos da cultura e dos esportes.
O desafio futuro do governo, que também será o meu desafio no Congresso Federal, será o de garantir, especialmente, a excelência do ensino básico. Porque só depois de receber uma formação inicial sólida e completa um aluno poderá de fato seguir adiante, e ter sucesso nos estudos.
Nesta luta, ao lado da presidenta Dilma, para implantar o tempo integral nas escolas, vou defender que jovens do ensino fundamental sejam beneficiados com cursos extracurriculares desde os primeiros anos letivos. Assim, eles terão a oportunidade de desenvolver plenamente todos os seus potenciais.
É por este caminho que vão se revelar atletas à altura de uma olimpíada, e crianças com aptidão para fazer parte de uma orquestra clássica, mas que nunca haviam tocado antes um violino, ou um violoncelo. Descobertas assim não são novidade para o governo de Dilma e Lula. Elas já revelaram grandes pequenos talentos em São Paulo, nos Centros Educacionais Unificados (CEUs), da ex-prefeita Marta Suplicy.