Dieese aponta estagnação do País
Recente boletim divulgado pelo Dieese contrapõe qualquer expectativa de melhora do mercado de trabalho, conforme propagandeia o governo. “Diante do observado na economia e da crise política, espera-se, no máximo, a estagnação econômica, com baixo nível de produção e de emprego, este ainda em condições bastante desestruturadas, com redução da contratação formal e aumento das inserções mais precarizadas”, afirma o documento.
Como agravante o Dieese cita “as disputas em torno” das reformas trabalhista e previdenciária. “A primeira, já aprovada no Congresso, certamente intensificará o quadro de precarização da inserção laboral no País.” O documento também lembra que o consumo das famílias e os investimentos continuam em queda. “Emprego e renda continuam comprometidos”, observa.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Dieese e da Fundação Seade, mostra taxa de desemprego relativamente estável em maio, mas em nível alto. Na região metropolitana de São Paulo, os desempregados levavam em média 43 semanas (mais de 10 meses) na procura por trabalho.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostra melhoria este ano, mas com o contratado ganhando menos que o demitido. “O salário médio de admissão corresponde a 87% do salário médio de um trabalhador desligado, ou seja, o trabalhador é contratado ganhando, em média, 13% menos do que aquele que foi desligado no período.”