Desmatamento na Amazônia atinge maior alta desde 2008
O desmatamento na Amazônia atingiu a mais alta taxa desde 2008. Entre 1º de agosto do ano passado e 31 de julho deste ano, foram derrubados 11.088 quilômetros quadrados de floresta, um aumento de 9,5% em comparação ao período anterior, com 10.129 quilômetros quadrados. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram revelados nesta segunda-feira (30) pelo governo. É o primeiro balanço anual apurado no governo Bolsonaro.
De acordo com o Observatório do Clima (OC), se for considerada a média dos dez anos anteriores à posse de Bolsonaro, o desmatamento cresceu 70%. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apurou uma média anual de 6.500 quilômetros quadrados de 2009 a 2018.
Em nota, o Observatório avalia que a publicação da taxa oficializa que o Brasil descumpriu a meta da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), a lei nacional que preconizava uma redução da taxa a um máximo de 3.925 quilômetros quadrados em 2020. “O país está 180% acima da meta, o que o põe numa posição de desvantagem para cumprir seu compromisso no Acordo de Paris (a NDC) a partir do início do ano que vem”, diz trecho da nota do Observatório. “Devido ao aumento do desmatamento, o Brasil deve ser o único grande emissor de gases de efeito estufa a ter aumento em suas emissões no ano em que a economia global parou por conta da pandemia.”
De acordo com o OC, o desmonte das políticas ambientais brasileiras desde janeiro de 2019 tem sido exitoso ao aniquilar a capacidade do próprio Estado e dos órgãos de fiscalização de cuidar das florestas e combater o crime na Amazônia.
Com informações de O Eco