Desempregados sobrevivem de bicos ou trabalho temporário
Uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que um terço dos 13,1 milhões de brasileiros desempregados sobrevivem fazendo bicos ou trabalhos temporários, geralmente informais, 29% pedem ajuda financeira à família ou a amigos e 7% recebem auxílio do programa Bolsa Família. Apenas 2% utilizam poupança ou investimentos.
O estudo constatou também que a falta de trabalho provocou a queda no padrão de vida de seis em cada dez brasileiros.
Entre os trabalhos informais mais comuns, estão os serviços gerais (21%), como manutenções, pedreiro, pintor, eletricista; produção de comida para vender (11%), como marmita, doces e salgados; serviços de diaristas e lavagem de roupa (11%) e serviços de beleza, como manicure e cabeleireiro (8%). A média de dedicação a esse trabalho é de três dias por semana.
Essa periodicidade revela, segundo o SPC/CNDL, não apenas uma escolha, mas escassez de oportunidade, pois apenas 12% dos que fazem bicos consideram que está fácil conseguir esses trabalhos.
Dívidas
O levantamento revelou também que 41% dos desempregados possuem contas em atraso, sendo que 27% estão com o nome negativado em serviços de proteção ao crédito.
Os débitos mais frequentes são parcelas no cartão de loja (25%), faturas do cartão de crédito (21%), contas de luz (19%), contas de água (15%) e parcelas do carnê ou crediário (11%). O tempo de atraso médio das dívidas é de quase sete meses e o valor médio é de R$ 1.967.