CUT realiza ato unificado de categorias em Campanha Salarial
Na próxima terça-feira (15) a CUT realizará um ato público em frente à sede da Fiesp, em São Paulo (Avenida Paulista, 1313). A manifestação, marcada para as 9h, tem como tema central “Em defesa da democracia, do emprego e do salário”. Na ocasião acontecerá a posse da nova direção e um ato unificado de categorias em Campanha Salarial no segundo semestre.
Outro acontecimento será o lançamento de um manifesto, no qual está declarado o repúdio da Central a ataques aos direitos dos trabalhadores e tentativas que ferem a democracia.
Algumas das categorias que estão negociando novos acordos salariais são: aeronautas e aeroviários, bancários, comerciários, construção civil (setor de cerâmica e mármore), médicos e psicólogos, metalúrgicos, petroleiros e trabalhadores da indústria de alimentação e nós químicos, com data-base em novembro.
Além dessas categorias, outras, como o setor público, ainda não entraram em acordo no primeiro semestre.
Para o segundo semestre há uma previsão de que mais de 1.814.805 trabalhadores tenham data-base, segundo os sindicatos filiados à CUT. À exemplo: 602 mil metalúrgicos, 327.823 químicos (incluindo 81.213 petroleiros da FUP) 50 mil médicos e psicólogos de São Paulo.
Segundo o presidente da CUT/SP Douglas Izzo, a Central trabalha por melhores negociações salariais e os trabalhadores estão se organizando contra qualquer medida de patrões e governo que possam colocar em risco seus direitos.
MANIFESTO
EM DEFESA DA DEMOCRACIA DO EMPREGO E DO SALÁRIO
As entidades sindicais filiadas à CUT, em campanha salarial no segundo semestre de 2015, manifestam seu repúdio à sucessão de ataques contra os direitos da classe trabalhadora e às instituições da República. Em defesa dos/as trabalhadores/as, da democracia e contra o golpe patrocinado pela direita, mobilizaremos nossas bases, ocuparemos praças e ruas e, se for necessário, faremos uma greve geral que paralisará o país.
Na campanha salarial unificada das categorias com data-base no segundo semestre, faremos a defesa intransigente do emprego, do salário e dos direitos. Vamos questionar e lutar contra a atual política econômica recessiva, que gera um cenário adverso à negociação coletiva e provoca desemprego, arrocho salarial e precarização das relações de trabalho. Vamos exigir que a Operação Lava Jato investigue todos os corruptos, mas não contribua com a paralisação da economia nem o desemprego em massa.
Nenhum direito a menos! Somos contrários ao projeto (PLC 30/2015 do Senado) que amplia a terceirização para a atividade-fim das empresas. Exigimos o reconhecimento do direito de negociação coletiva e o direito de greve dos servidores públicos. Direito se amplia, não é diminuído. Da mesma forma, somos solidários aos trabalhadores/as das estatais a quem estão sendo impostas perdas salariais.
A CUT defende uma investigação profunda, transparente e democrática de todas as denúncias de corrupção, sem prejuízo ao processo de desenvolvimento econômico e social iniciado em 2003.
Somos a favor da luta contra a corrupção, mas não podemos aceitar que esse combate seja usado como pretexto para quebrar a economia e o país, privatizar e desmembrar a Petrobras, judicializar a política e enfraquecer as instituições com o objetivo de acobertar um golpe contra o governo legitimamente eleito.
Defendemos a democracia porque é ela que assegura a liberdade que precisamos para fazer a negociação coletiva com os patrões e o governo, livres de qualquer ameaça de criminalização e de judicialização da ação sindical.
EM DEFESA DO EMPREGO E DO SALÁRIO
EM DEFESA DA DEMOCRACIA
CONTRA A ATUAL POLÍTICA ECONÔMICA
CONTRA A RETIRADA DE DIREITOS E CONTRA O PLC30/2015
EM DEFESA DA PETROBRÁS
PELO DIREITO DE GREVE E DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA DOS SERVIDORES PÚBLICOS