CUT questiona “vagão rosa”
No início de julho, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o Projeto de Lei 175/13, que obriga o Metrô e a CPTM a reservarem, no mínimo, um vagão por composição para uso exclusivo das mulheres, com a intenção de protegê-las contra assédio sexual – o projeto ainda precisa ser sancionado pelo governador. A medida é questionada pela CUT e movimentos feministas, que enxergam na segregação um retrocesso, além de não contribuir no combate ao machismo presente na sociedade.
“Na verdade reforça a separação e a segregação entre homens e mulheres. A CUT e o movimento feminista são totalmente contrários ao vagão rosa. Nós defendemos um mundo onde possam conviver, em todos os ambientes, homens e mulheres”, declarou Sônia Auxiliadora, secretária da Mulher da CUT-SP. Para Rosane Silva, secretária da Mulher da CUT Nacional, “Quando uma Lei tenta separar homens e mulheres em vez de cumprir com seu papel social de superar a discriminação que sofremos na sociedade, ela culpabiliza as mulheres. Age como se nós, as mulheres, fôssemos as verdadeiras culpadas pelo assédio e pelos estupros que sofremos cotidianamente”.