CUT organiza Dia Nacional de Mobilização
A Frente Brasil Popular lançou neste sábado (5), em Belo Horizonte, Minas Gerais, a campanha de mobilização nacional. O dia 3 de outubro foi instituído como o Dia Nacional de Mobilização.
CUT (Central Única dos Trabalhadores), lideranças e militantes dos movimentos social e sindical compareceram à Conferência Nacional de lançamento da Frente, na Assembleia Legislativa. A criação da Frente surgiu a partir de uma demanda de militantes dos movimentos populares, sindicais, de juventude, negros e negras, mulheres, LGBT e outros setores da sociedade.
Algumas medidas tomadas pelo governo, na intenção de conter a situação, podem ser vistas como impopulares e geram crítica por parte de alguns setores da sociedade. No entanto, a crise econômica que o Brasil tem enfrentado também atinge outros países do mundo.
João Pedro Stédille, da coordenação nacional do MST, comenta que as estratégias dos trabalhadores frente a crise é defender a democracia e rejeitar qualquer tentativa de golpe.
Os movimentos que compõem a Frente estão unidos pelo propósito único de defesa de uma nova política econômica e uma reforma política contra a corrupção, que combata também o fim do financiamento empresarial em campanhas políticas.
Segundo Carina Vitral, presidenta União Nacional dos Estudantes (UNE), os movimentos sociais precisam refletir sobre suas origens e traçar os caminhos e estratégias para enfrentar a crise atual e lutar conta tentavas de desestabilização política.
Ao final da Plenária, a Frente Brasil Popular lançou o MANIFESTO AO POVO BRASILEIRO
Confira abaixo os principais pontos defendidos:
1.Defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras: lutar por melhorias das condições de vida do povo, o que envolve emprego, renda, moradia, educação, terra, transporte público etc. Criticar e fazer ações de massa contra todas as medidas de política econômica e “ajuste fiscal” que retirem direitos dos trabalhadores e que impeçam o desenvolvimento com distribuição de renda.
2.Defesa dos direitos sociais do povo brasileiro: lutar contra a redução da maioridade penal, contra o extermínio da juventude pobre das periferias, pela ampliação dos direitos sociais que estão ameaçados pela campanha da mídia burguesa e por iniciativas conservadoras no congresso.
3.Defesa da democracia: não aceitar nenhuma tentativa de golpe e retrocesso nas liberdades. Para ampliar a democracia e fazer reformas mais profundas, avançar na luta pela reforma política, pela reforma do poder judiciário, dos meios de comunicação de massa e da cultura.
4.Defesa da soberania nacional: o povo é o verdadeiro dono do petróleo, do pré-sal e das riquezas naturais. Impedir a entrega de nosso petróleo às transnacionais. Lutar contra a transferência de bilhões de dólares ao exterior, de forma legal pelas empresas ou ilegal, por contas secretas (vide caso do HSBC).
5.Lutar por reformas estruturais e populares como a reforma política, urbana, agrária, tributária, educacional etc., entre outras propostas detalhadas no documento unitário construído pelos movimentos populares em agosto de 2014.
6.Defesa dos processos de integração latino-americana em curso, como Unasul, Celac, Mercosul e integração popular, que estão sendo atacados pelas forças do capital internacional.
Participam da Frente Brasil Popular
CUT, sindicatos CUTistas e movimentos sociais em Minas Gerais, CTB, MST, Via campesina, MPA, MMC, MAB, MAM, MCP, FUP (Federação Única dos Petroleiros), CONEN, UNE, Levante Popular da Juventude, FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres, Rede de Médicas/os Populares, Associação de Juízes pela Democracia, RENAP, SENGE-Rio, Sindicato de Professores, Metalúrgicos do RS, Pastorais Sociais, igrejas, Central de Movimentos Populares-CMP; parlamentares e dirigentes de diversos partidos e correntes partidárias, entre os quais o PT, o PCdoB, o PSB e o PDT. Também participam diversos intelectuais e jornalistas que atuam em diferentes espaços da mídia popular e que compartilham desse esforço.