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Postado em: 17/09/2020 - 16h07 | Redação

CUT luta pelo auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

A CUT e as demais centrais sindicais brasileiras lançaram nesta quinta-feira (17) uma campanha e um abaixo-assinado pela manutenção do valor do auxílio emergencial em R$ 600 até o mês de dezembro.

Nas redes sociais a campanha vai usar a hashtag #600PeloBrasil e a palavra de ordem será “Bota pra votar já, Maia”, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que decide a pauta da Casa. O pedido é para Maia pautar a votação da Medida Provisória (MP) 1000/2020, encaminhada pelo governo de Jair Bolsonaro  ampliando o pagamento do auxílio até dezembro, mas reduzindo o valor de R$ 600 para R$ 300 e mudando os critérios de acesso ao benefício para tirar milhões de trabalhadores da lista de quem pode receber.

Além de poder assinar o abaixo-assinado pela internet, as assinaturas também serão recolhidas nos municípios com sindicatos e movimentos sociais dialogando com a população e conscientizando sobre a necessidade de manter o auxílio emergencial em R$ 600.

Os presidentes das centrais sindicais destacaram durante a apresentação da campanha, feita por videoconferência, na manhã desta quinta-feira, que o auxílio emergencial foi fundamental desde o início da pandemia para que não fosse ainda maior o estrago na economia brasileira, provocado por uma crise sem fim dada a falta de políticas de desenvolvimento, geração de emprego e renda, por parte do governo.

“Se a economia não está pior é por conta do auxílio emergencial. Os R$ 600 foram a única fonte de renda de milhões de pessoas, que utilizaram esse dinheiro, na maioria dos casos, para comprar alimentos, produtos de higiene e remédios”, disse Sérgio Nobre, presidente da CUT.

Ele aponta ainda o aumento da inflação e o dos preços de alimentos que compõem a cesta básica, como o arroz que acumula alta de 19,5% em 2020.  “Esse valor de R$ 300 sequer dá pra comprar uma cesta básica”, diz o presidente da CUT, lembrando que “todos os países que enfrentam bem a crise, destinaram 35% do PIB para proteger a vida do povo”.