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Postado em: 01/09/2014 - 12h34 | Redação

Crise na Ucrânia: presidente russo pede bom senso aos europeus

Países da Europa ameaçaram Moscou com novas sanções a partir desta semana, pela participação na crise da Ucrânia. “Espero que o bom senso prevaleça (…) e que nem nós, nem os nossos parceiros, causemos danos com essas provocações recíprocas”, disse o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, segundo as agências de notícias russas, durante visita à Sibéria.

As declarações foram feitas um dia depois de os líderes da União Europeia terem dado uma semana à Rússia para recuar na intervenção nos conflitos no Leste da Ucrânia. Caso contrário, a União Europeia aplicará novo pacote de sanções.

Líderes europeus manifestaram o receio de que o confronto se estenda a todo o continente, depois de a Rússia ter enviado tropas para apoiar nova ofensiva dos separatistas pró-russos no Leste da Ucrânia.

Entenda o caso

Desde a independência da Ucrânia, em 1991, o país se dividiu entre os que queriam se aproximar dos países da União Europeia e os que eram simpáticos e próximos à Rússia, mantendo a nostalgia dos tempos que o país era parte da União Soviética e falando a língua russa.

Em novembro de 2013, após a quebra de um acordo que aproximaria o país da União Europeia, uma onda de protestos tomou as ruas da Ucrânia, e a oposição pró-União  exigia a saída do então presidente ucraniano, Victor Yanukovych. No fim de janeiro foram feitas as primeiras vítimas dos protestos, num confronto entre policiais e manifestantes. Em fevereiro, novos confrontos entre manifestantes e policiais deixou mais de 100 mortos, que provocou a queda do presidente ucraniano.

Marcadas novas eleições para maio, assumiu interinamente o presidente do Parlamento Oleksander Trchynov, prometendo diálogo com a Rússia, mas priorizando uma aproximação com a União Europeia. Diante desse cenário, os russos (que apoiavam o presidente deposto) e os pró-russos defenderam a tese de que a Ucrânia havia sofrido um golpe de estado. 

A Rússia apoiou um referendo interno realizado pela Crimeia em 16 de março, aprovado por 96% da população para anexação da península à Rússia. Com o aumento dos conflitos, o Parlamento russo aprovou o envio de tropas à Crimeia para tentar “normalizar a situação”. A Ucrânia considerou a decisão russa como uma declaração de guerra. 

Os países do Ocidente acusaram a Ucrânia e o ex-presidente de ser responsável pelos massacres, e pediram que houvesse um entendimento sobre o conflito. O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, pediu ao Presidente Putin que retirasse suas tropas do solo ucraniano, alegando que a ocupação quebrava acordos internacionais.

A União Europeia impôs sanções à Rússia. O G7 (grupo composto pelos sete países mais ricos do mundo) condenou as ações de Putin e cancelou uma reunião com o país. A OTAN advertiu a Rússia contra “graves consequências” de uma intervenção à Ucrânia, no entanto, a Rússia não recuou.