Crise econômica: os trabalhadores não vão pagar a conta
Milhares de trabalhadores e dirigentes sindicais cutistas, parlamentares e estudantes, participaram no último dia 11 de fevereiro de 2009, do Dia Nacional de Luta contra a crise econômica. Aconteceram manifestações nas principais capitais e grandes cidades do país, nas quais, ficou clara a insatisfação dos movimentos social, sindical e popular com as demissões ocorridas em vários setores, sempre tendo como pretexto a crise econômica.
Os protestos ocorreram em diversos estados como Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Brasília.
No Rio de Janeiro, o protesto foi em frente a Vale do Rio Doce, empresa que foi privatizada de forma fraudulenta, no governo FHC. No ato o presidente nacional da CUT, Artur Henrique, enfatizou a necessidade de defender o emprego, renda e direitos e conquistas dos trabalhadores. Artur disse, ainda, que a crise econômica tem nome, RG e endereço. “Foram os tucanos e ‘demos’ que fizeram as reformas neoliberais baseadas na concepção do Estado mínimo. Ainda bem que sobraram empresas como a Petrobrás, a Eletrobrás, a CEF, o BNDES, etc. Já imaginaram se tivéssemos que enfrentar a crise sem esses instrumentos?”.
Em Brasília, o sol forte não impediu que milhares de trabalhadores e trabalhadoras do Distrito Federal se mobilizassem. Organizados pela CUT/DF, os manifestantes levaram apitos, faixas, nariz de palhaço e demonstraram a disposição de enfrentar tudo o que for preciso para que os trabalhadores não paguem pela crise.
Outro destaque foi em Rio Grande do Sul, onde as manifestações começaram cedo. Houve paralisações, panfletagens e protestos em várias fábricas do RS de diferentes regiões (Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa, Santa Maria, Pelotas, Canoas e Porto Alegre).