SINDICATO NO WHATSAPP

Notícias

Voltar
Postado em: 14/05/2014 - 09h49 | Redação

Crise da água é culpa de Alckmin, afirmam movimentos sociais

Durante o seminário “A Crise da Água em São Paulo e seus Impactos ao Emprego, Meio Ambiente e à Energia”, realizado ontem (13), na Alesp, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e integrantes de movimentos sociais anunciaram a intenção de mobilizar denúncias contra o governo Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a crise de abastecimento que atinge diversas cidades da Grande São Paulo. “Vamos nos reunir com os demais movimentos para organizar esse processo. Vamos convocar associações de bairro, igrejas, todos os que podem ser impactados por essa situação”, assegurou o presidente da CUT – SP, Adi dos Santos Lima.

O dirigente afirmou  ainda que a entidade questionará judicialmente a cobrança de multa sobre o consumo de água, proposta pelo governador tucano, por considerá-la inconstitucional. “A crise pode provocar o aumento do custo de vida e desemprego, principalmente na região de Campinas, Guarulhos e Jundiaí. A água é a base de todos os setores industriais. Sem ela, além dos problemas sociais diretos, corremos o risco das empresas buscarem lugares com melhor oferta de água”, disse o líder sindical.

Durante o evento, os movimentos participantes também defenderam que o problema é resultado da má administração do governo estadual e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo). Apesar de Alckmin refutar a ideia de racionamento, na prática, a medida já está sendo aplicada, inclusive na capital. “Nunca fomos informados oficialmente, mas por volta de 22 horas não tem mais água vinda da rede. E só volta pela manhã”, afirmou Jadir Bonancia, militante do MAB  (Movimento dos Atingidos por Barragens) e residente da Casa Verde. Na região de Paralheiros, que deveria ser abastecida pelo Sistema Cantareira (foco da crise), moradores estão furando poços para suprir a baixa oferta de água encanada.

O deputado estadual Marcos Martins (PT)  pretende instaurar uma CPI na Assembleia para investigar o caso. Já conta com 26 assinaturas de parlamentares, mas faltam 6 para que o pedido possa ser protocolado.