Controle de preços não afeta faturamento da indústria farmacêutica
A indústria farmacêutica faturou mais de R$ 43 bilhões em 2011, o que representa crescimento de 18,7% em relação ao ano anterior. A produção física realizada no Estado de São Paulo, excluindo as importações, cresceu 7,6%. Trata-se do melhor resultado registrado nos últimos anos e todo esse desempenho coloca a indústria farmacêutica em uma posição de destaque no mercado mundial, ocupando a 7ª posição e com perspectivas de chegar à 5ª posição nos próximos anos.
O setor é formado por grandes empresas mundiais que investem no Brasil pela sua dimensão e mercado. O mercado brasileiro de medicamentos cresce de forma contínua e sustentável o que dá segurança às empresas de continuarem ampliando seus investimentos em nosso país.
Há duas categorias de medicamentos, os que têm seus preços liberados e definidos no mercado e os de preços controlados. Cerca de 23 mil medicamentos estão sujeitos a um reajuste de preços, determinado pelo governo. Entre os medicamentos controlados, existem três níveis de preços. Para este ano, 2012, o governo aprovou três níveis de reajuste: os medicamentos classificados no nível 1, cujo reajuste poderá ser de até 5,85%; os medicamentos de nível 2, em que o reajuste poderá ser de até 2,80% e os medicamentos classificados no nível 3, o reajuste autorizado é negativo, ou seja, os medicamentos terão uma redução de preços na ordem de -0,25%. Nesta classe, estão concentrados 8.840 medicamentos.
O reajuste determinado segue uma metodologia proposta pelo governo, que considera a produtividade do setor, a produção, o emprego e o comportamento da inflação. Segundo cálculo do governo, a indústria farmacêutica obteve um ganho de produtividade elevadíssimo em 2011, de 6,10%.
O controle de preços é frequentemente utilizado pela indústria para justificar a proposta de reajuste salarial baixo. Os representantes dos trabalhadores na mesa de negociação se contrapõem a esses argumentos, com dados concretos de faturamento, produtividade e lucratividade da indústria.
Estamos vivenciando um momento bastante favorável para os segmentos econômicos que dependem principalmente das vendas dentro do país, o nosso mercado interno se expande favorecido pela queda da taxa de juros e pela valorização do salário mínimo o que beneficia de forma direta a indústria farmacêutica.