Com atrasos e gastos acima do previsto, Governo do Estado quer privatizar obras do monotrilho
Com cinco anos de atraso, mais de R$ 7 bilhões gastos, três vezes mais do que o previsto, o monotrilho mostrou o fracasso técnico do Governo de Geraldo Alckmin. A administração alega dificuldades financeiras para continuar as obras das linhas 15-prata, na zona leste, e da 17-ouro, na zona sul, e sinaliza que a única solução seria a privatização, prática comum do Governo do Estado.
Segundo o urbanista Marcos Kyioto, todo o dinheiro gasto nas obras do monotrilho foi mal aplicado. Segundo ele seria mais eficaz se tivesse sido investido em corredores de ônibus e na ampliação do metrô. “Não precisava ter um sistema intermediário. Com esses dois sistemas, se bem implantados, todos os problemas da cidade seriam resolvidos. O monotrilho está sendo usado, aqui em São Paulo, como um substituto do metrô. Isso é um erro. Você pega um eixo que, tranquilamente, teria demanda para um metrô e coloca uma linha com uma capacidade um pouco menor. As pessoas vão ficar mais apertadas”, avalia.