Clamor por Diretas ecoa em todo o País, apesar da repressão
O governo Temer bem que tentou abafar a voz do povo mas não conseguiu. Mais de 200 mil trabalhadores se reuniram em Brasília nesta quarta (24) para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária, para exigir a saída de Temer e por eleições “Diretas já”.
Temer, que é investigado por corrupção, respondeu às manifestações pacíficas, com repressão policial. “Trabalhadores de todo o País se reuniram pacificamente, num exercício de democracia, para pedir mudanças. E Temer respondeu com bombas de gás”, relatou Osvaldo Bezerra, coordenador geral do Sindicato, que acompanhou uma comitiva de trabalhadores químicos no protesto.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, avaliou a marcha como uma das maiores já vista em Brasília e anunciou uma nova greve geral, ainda maior do que a realizada em 28 de abril. Para Freitas, a luta da CUT e dos sindicatos tem sido fundamental para evitar retrocessos e garantir a democracia. “Se não conseguem entregar nossos direitos e discutir uma ditadura no Brasil é porque tem a CUT e seus sindicatos fazendo a luta. Essa foi a maior marcha da história dos trabalhadores no Brasil reunimos mais de 200 mil por diretas”, avaliou.
No domingo, 28 de Maio, acontece mais uma grande manifestação no Rio de Janeiro, um showmício, com o apoio de inúmeros artistas, em defesa da democracia e por “Diretas já”.
Temer nas cordas – Incapaz de responder democraticamente às mobilizações e sem respaldo moral e político, o golpista Temer baixou uma AGA (Ação de Garantia da Ordem) autorizando o Exército a fazer a segurança do Distrito Federal até o dia 31 de maio, provável dia da votação da Reforma Trabalhista, em episódio que remonta aos tempos obscuros da ditadura militar.