Na avaliação de Antônio Prado, secretário adjunto da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), órgão vinculado às Nações Unidas, a nova equipe econômica anunciada pela presidenta Dilma Rousseff (PT) indica que serão feitos, gradualmente, ajustes fiscais necessários na economia do país sem que a população – principalmente a camada mais vulnerável –, o mercado de trabalho e o desenvolvimento nacional sejam prejudicados.

“Vejo perfis mais ortodoxos e pragmáticos. O sinal é claro de que a ação relativa ao ajuste fiscal se dará dentro de uma gradualidade que não resulte em danos ao desenvolvimento, aos segmentos mais vulneráveis ou ao mercado de trabalho”, analisou Prado, salientando que o perfil dos ministros escolhidos por Dilma para conduzir a economia do Brasil lembra a equipe montada pelo presidente Lula (PT) em seu primeiro mandato, porém, “as metas de inflação atual estão menores do que em 2003, as taxas de desemprego mais baixas e as reservas ajudarão na condução das políticas econômicas, bem como a enfrentar eventuais ataques especulativos”. Prado concluiu sua análise de forma otimista, indicando que, para o futuro, deve ocorrer um aumento dos investimentos, “após a conclusão dos projetos que estão em andamento”.