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Postado em: 28/05/2018 - 16h12 | Redação

Caminhoneiros param o País

A greve dos caminhoneiros chega ao seu oitavo dia nesta segunda (28).

Sem legitimidade,  Temer  cedeu a praticamente todos os itens da pauta dos caminhoneiros na noite deste domingo (27). Mesmo assim, os caminhoneiros não deixaram as estradas e continuam de braços cruzados: os bloqueios aumentaram de 14 para 22 estados, além do Distrito Federal, de ontem para hoje.

Em pronunciamento em cadeia de rádio e televisão na noite deste domingo, Temer anunciou as medidas negociadas com representantes da categoria:

1) a redução do litro do preço do diesel em R$ 0,46 nas refinarias e o compromisso de fazer este valor chegar às bombas;

2) o congelamento do  preço do óleo diesel por 60 dias – depois, o diesel só será reajustado a cada 30 dias;

3) a publicação no Diário Oficial da União das três medidas provisórias em edição extra – a)  reserva de 30% do frete da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para cooperativas de transportes autônomos, sindicatos e associações de autônomos; b) dispensa de pagamento de pedágio do eixo suspenso de caminhões em todas as estradas – o benefício só valia nas rodovias federais desde 2015; c) editou um texto que cria a política de preços mínimos para o transporte de cargas.

Porém, não há consenso na categoria.  Segundo a reportagem apurou, os caminhoneiros consideram a redução de R$ 0,46 pequena e não aceitam o congelamento por apenas 60 dias.

No oitavo dia consecutivo de greve dos caminhoneiros, as grandes cidades brasileiras estão praticamente desabastecidas tanto de combustível quanto de hortifrutigranjeiros. Falta querosene de avião em pelo menos oito aeroportos, as frotas de transporte público seguem circulando com operações limitadas e algumas escolas públicas e universidades federais suspenderam as atividades.