Bolsonaro edita medida contra trabalhadores
O presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e revogou a Medida Provisória que suspendia o contrato de trabalho de funcionários da iniciativa privada por até quatro meses, após pressão do movimento sindical.
A Medida Provisória (MP) nº 927/2020 mostra que Jair Bolsonaro não tem condições de governar, não tem a menor competência, nem compromisso com o povo brasileiro muito menos com os trabalhadores país, afirma o presidente da CUT, Sérgio Nobre.
“A MP 927 é perversa, oportunista e irresponsável, porque põe em risco a vida e sobrevivência de pelo menos 50 milhões de trabalhadores”.
“É a MP da morte dos trabalhadores nesta crise”, complementou Sergio se referindo a pandemia da coronavírus (Covid-19), que vem paralisando as economias do mundo inteiro numa tentativa de conter a disseminação da doença.
De acordo com o dirigente, a MP foi encomendada pelos empresários para, de maneira oportunista, aprofundar a retirada de direitos da classe trabalhadora que teve início depois do golpe de 2017.
O presidente da CUT, também ressalta Bolsonaro faz o oposto do que governos do mundo vêm fazendo para enfrentar a crise. Lá fora, os governos têm editado medidas para proteger emprego e renda.
Mobilização
Sérgio lembra que, no momento, é impossível a CUT colocar milhares de pessoas nas ruas para protestar porque é preciso proteger a saúde das pessoas também. Mas, podemos mobilizar nas redes “podemos apoiar as demonstrações [de repúdio e revolta] que estão ocorrendo das janelas” dos brasileiros em quarentena.
Acabou, Bolsonaro
“Derrotar Bolsonaro é de fundamental importância. A edição dessa MP mostra que nós não temos governo no momento mais dramático da história do país”, diz Nobre.
E para que o país tenha governo e tome decisões que protejam a sociedade, Sergio Nobre disse que a CUT e demais centrais estão propondo a criação de um comitê de crise formado pelos representantes dos trabalhadores e também pelo setor patronal, pelo Ministério Público e pelo Congresso Nacional.