Bancários continuam em greve
A greve nacional dos bancários entrou na segunda semana e continua crescendo em todo o território nacional. As paralisações atingiram 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal, um crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira, dia 20, e até o momento os bancos continuam em silêncio, sem apresentar nenhuma melhora na proposta inicial de 6,1%.
“Os bancários estão indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento está crescendo rapidamente em todo o país”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.
Os bancos são o setor mais rentável da economia brasileira. As seis maiores instituições, que empregam mais de 90% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre.
Os bancários voltam a se reunir em assembleia na quinta-feira, dia 26 para discutir os rumos do movimento.
Fique por dentro das principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real)
PLR: três salários mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15
Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese)
Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá
Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários
Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4.330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.
Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários