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Postado em: 18/05/2021 - 19h26 | Redação

Aumenta o número de jovens que não trabalha e não estuda

De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) 25,5% dos jovens entre 15 e 29 anos estavam fora do mercado de trabalho e sem estudar em 2020.

Em 2018 eram  23,6%, em 2019, 24% e no ano passado, passou para mais de 25%.

O aumento no número dos chamados jovens ‘nem-nem’ – nem trabalham nem estudam – é mais um reflexo da crise econômica, agravada pela pandemia do novo coronavírus e pela falta de propostas efetivas do governo para aquecer a economia.

O economista da FGV, Marcelo Neri, aponta no estudo que uma das alternativas para reverter o quadro seria a redução de jornada de trabalho para que os jovens pudessem dedicar mais tempo à formação. Dessa forma, mais vagas poderiam ser criadas para um número maior de pessoas nessa faixa etária.

A iniciativa é válida desde que aliada a outras políticas públicas, como a geração de empregos propriamente dita, analisa a técnica da subseção do Dieese da CUT, Adriana Marcolino. “De nada adiantaria reduzir jornada se não houver uma política de geração de emprego para todos, particularmente para as pessoas chefes de família, reduzindo a pressão para que os jovens procurem uma ocupação remunerada, além da geração de empregos de qualidade para a juventude”, diz Adriana.

A técnica do Dieese afirma ainda que uma redução de jornada não poderia vir acompanhada de uma redução salarial e, no que diz respeito à formação, políticas de inclusão dos jovens também teriam de ser priorizadas. “O melhor seria ter uma política adequada de educação, incentivar o jovem a frequentar a universidade, ou mesmo retomar o Pronatec, com bolsas para que o jovem possa ter  uma remuneração adequada e formação de qualidade”, explica a técnica do Dieese.

Ela reforça ainda que iniciativas como a ideia do ministro Paulo Guedes, de criar um programa que aproveite mão de obra jovem, com renda abaixo do salário mínimo, a pretexto de formação profissional, na verdade é desculpa para passar a carteira verde e amarela e retirar ainda mais direitos dos trabalhadores.

*Com informações da CUT