Audiência pública debate a segurança e a saúde dos trabalhadores
Uma audiência pública foi realizada hoje (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo, para debater a segurança e a saúde dos trabalhadores. A iniciativa foi da deputada Beth Sahão (PT) e contou com total apoio do Sindicato dos Químicos.
O Secretário de Saúde do Sindicato, Alex Fonseca, disse que os químicos têm lutado incansavelmente para garantir melhorias nas fábricas. “Fomos o primeiro Sindicato no país a conquistar a Convenção Coletiva sobre a Prevenção de Acidentes em Máquinas Injetoras de Plástico, em 1995. Garantimos a inclusão de um dispositivo de segurança nas prensas injetoras que no passado causaram várias mutilações”, relatou.
Alex também salientou a importância da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) que exerce um importante papel de fiscalização nas fábricas.
A médica do Trabalho, Margarida Barreto, disse que o assédio moral tem crescido nas fábricas e que o trabalhador assediado acaba tendo vários problemas de saúde. “A pressão por produção é grande e o trabalhador que não consegue acompanhar o ritmo sofre humilhações. Mas é importante observar que o chefe apenas reproduz o discurso da empresa”, explicou. De acordo com a pesquisadora, em geral, as empresas tentam se livrar da responsabilidade alegando se tratar de um caso isolado.
A deputada Beth Sahão lembrou que o dia 28 de abril foi instituído o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina nos Estados Unidos, 1969. “Hoje é um dia para refletir sobre o assunto. Os terceirizados são os trabalhadores mais suscetíveis aos acidentes e se o projeto que regulamenta a terceirização for aprovado a situação deve piorar muito”, avisou.