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Postado em: 11/11/2020 - 00h07 | Redação

Anvisa suspende pesquisa da vacina do coronavírus e terá que se explicar no STF

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os testes da vacina Coronavac, que estavam sendo feitos pelo Instituto Butantã em parceria com a empresa chinesa Sinovac Biotech, nesta terça-feira (10). A pesquisa é feita com milhares de voluntários que participam dos testes de avaliação. Uns tomam a vacina e outros placebos.

O motivo da suspensão é a morte de um dos voluntários nos testes. Mas, a Anvisa, de acordo com os defensores da vacina, não levou em consideração que o voluntário, de 33 anos, cometeu suicídio, segundo informações divulgadas pela imprensa, não tendo nenhuma relação com os testes da Coronavac. Ainda não se sabe em que grupo ( vacina ou placebo) estava o homem que se suicidou. Mas, especialistas garantem que suicídio não é o motivo para suspender os testes.

O presidente Bolsonaro causou indignação ao comemorar nas redes sociais a suspensão dos testes: “ganhei mais uma” se referindo a seu adversário político, João Dória,  que defende a vacina chinesa.

Além de comemorar a suspensão da vacina, Bolsonaro, negacionista da pandemia, disse durante um evento público com empresários do setor turístico, que o Brasil “ tem que deixar de ser um país de maricas’, sobre o medo do coronavírus que já matou mais de 162 mil pessoas no país.

Autoridades médicas, científicas e políticas criticaram duramente a decisão de suspender os testes. O Ministério Público (MP) pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que investigue se houve interferência político-ideológica para a suspensão dos testes da Coronavac.

No início da noite o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) pediu explicações à Anvisa sobre a suspensão dos testes da vacina. O órgão tem 48 horas para fornecer explicações mais aprofundadas sobre o atual estágio de testes em que se encontra a Coronavac.