Água do Cantareira pode acabar em um mês
A reserva de água do Sistema Cantareira que abastece São Paulo pode acabar dentro de um mês. Essa é a perspectiva se a quantidade de água retirada do volume morto da reserva for mantida.
A obra de captação custou R$ 80 milhões, foi realizada sem licitação e as bombas só começaram a operar efetivamente em 4 de junho, mas corre o risco de perder a função em 35 dias de captação. Nesse período, de acordo com o comitê anticrise, dos 182,5 bilhões de litros do Sistema, foram captados 47,3 bilhões de litros. A água está sendo retirada das represas Jaguarí-Jacareí, que juntas representam 80% da capacidade do Cantareira.
Agora restam 57 bilhões de litros de água desse reservatório. Com o esgotamento dessa represa, a Sabesp vai retirar água da terceira maior reserva do Cantareira, o volume morto do Atibainha, em Nazaré Paulista.
A grande ação realizada pela Sabesp desde início da crise foi a captação do volume morto, que está consumindo até a última gota da água que abastece São Paulo.