A política como arte de governar com sentimento
As eleições presidenciais ocorrem em 3 de outubro e o movimento sindical não pode deixar de expressar o orgulho de ver o trabalho realizado pelo presidente Lula. Tivemos os melhores oito anos da história do Brasil e o protagonista foi um ex-metalúrgico. A aposta nos erros do ex-sindicalista Lula foi apenas fruto de preconceito desprovido de avaliação séria.
O mandato de Lula deixou uma lição para o mundo da política. Não é com técnica que se governa exclusivamente, é necessário ter algum sentimento, até para que possamos enxergar os fatos de forma real, para que possamos olhar para a miséria e consigamos nos indignar. E da indignação podem nascer atitudes tão objetivas como o Programa Bolsa Família.
Lula disse que depois de terminado o seu mandato talvez faça a faculdade de economia, brincando com o fato de tantos profissionais dessa área fazerem previsões de fracasso para as medidas do governo brasileiro. Parecia ironia, mas Lula, sabendo ou não, voltava às origens da Economia Política, quando as ações da economia buscam o bem-estar das pessoas.
Isso parecia algo perdido com o tempo. Todas as receitas para o fim das crises, em todos os países, estavam ligadas às medidas de arrocho econômico que tinham como alvo os mais pobres. Lula mudou isso! E a expectativa é que esse legado fique para os próximos presidentes que virão. Medidas econômicas precisam levar em consideração as pessoas, principalmente as mais pobres.
O carisma do presidente é algo que não parece real. Chegar ao final de um mandato com popularidade de 77% (soma de ótimo e bom, conforme pesquisa Ibope de 13/9) é algo nunca visto antes na história desse país. Lula somou a qualidade técnica de toda a sua equipe com o seu carisma e a capacidade de liderança para colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento. Com Lula entendemos o quanto o Brasil é rico e que essa riqueza pode ser dividida. Parabéns, Lula!