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Postado em: 03/02/2020 - 14h54 | Redação

A farsa da geração de empregos formais

Recentemente o governo divulgou o volume de empregos gerados no ano de 2019 e comemorou o resultado positivo. No entanto, não revelou  que parte deste emprego são contratações na forma de contratos intermitentes, ou seja, o trabalhador é contratado, mas não tem assegurado jornada e salário. Isso significa que o trabalhador  deve ficar à disposição da empresa é só recebe se a empresa o convocar.

Durante o ano de 2019 foram mais de 200 mil trabalhadores contratados por essa modalidade e os desligamentos foram de mais de 80 mil, o que chama atenção é que mais da metade dos desligamentos ocorreram a pedido do trabalhador que cansado de ficar à disposição do patrão sem nada receber optou por romper com essa precariedade.

Além disso, o trabalhador tem que atender ao chamado da empresa independente de horários e finais de semana. Como o salário é pago pelas horas efetivamente trabalhadas, a média salarial de um trabalhador submetido a essa forma de contratação foi de R$ 888,97 em 2019, ou seja, abaixo do salário mínimo. Portanto, para garantir que o período possa ser considerado para efeito de aposentadoria, o trabalhador vai precisar  complementar o valor da contribuição até alcançar, no mínimo, um salário mínimo.