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Postado em: 18/11/2010 - 00h00 | Diretoria Colegiada

A falsa polêmica do voto nordestino

Uma falsa polêmica entre nordestinos e paulistas foi criada depois das eleições presidenciais de 2010. Não existe motivo algum para se discutir a origem do voto. É natural que cada candidato tenha uma expressão diferenciada em cada região do país. Nenhuma novidade! Entre os candidatos não havia um nordestino na disputa. Então fica ainda mais sem sentido discutir o tema.

O Estado de São Paulo, muitos esqueceram, é composto por nordestinos e seus descendentes. A mistura é tamanha, que talvez seja impossível quantificar quantos eles são e por onde estão. A influência dos votos é determinada na maioria das vezes pelo trabalho das lideranças políticas locais. O resto é bobagem! E assim os votos têm a influência dos governadores e prefeitos de cada região.
 
A infeliz atitude de uma estudante desqualificando os votos dos nordestinos criou uma repercussão maior do que a esperada. O alcance daquilo que se denomina mídias sociais na internet (twitter, orkut, facebook) mostrou nesse episódio como um anônimo pode, sem qualquer critério, promover o ódio e criar discussões em torno do nada.
 
O nosso sistema eleitoral premia com o mandato aquele que consegue uma maioria simples no segundo turno. Como estamos numa Federação, a união entre os estados garante ao presidente do Brasil (Lula hoje e Dilma em 2011) governar todo o país, sem qualquer distinção. Inclusive a Constituição sugere que o presidente promova a igualdade entre os estados.
 
A intolerância não é uma marca do nosso povo, por isso, episódios isolados como este devem servir de exemplo de algo que não pode prosperar. Crenças, raças, regionalismos e opiniões não podem servir para promover o ódio. É importante que, com toda a serenidade possível, exista uma atenção especial para esvaziar de sentido mensagens colocadas na internet, sem qualquer critério.
 
Não se trata de patrulhar opiniões. Mas o Sindicato dos Químicos de São Paulo não poderia deixar de expressar sua posição de contrariedade a qualquer forma de discriminação e promoção de ódio.