Foi divulgado ontem (21), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o balanço das negociações coletivas no primeiro semestre de 2014. De acordo com o levantamento, 93% das 340 unidades de negociação conseguiram reajustes salariais acima do INPC-IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sendo que a maioria obteve ganhos reais de até 3%.

Entre os fatores indicados pelo Dieese para o resultado positivo estão a redução das taxas de inflação e a manutenção dos bons índices de emprego, além de algumas importantes paralisações que, na visão da entidade, podem ter estimulado a mobilização de outras categorias profissionais. Em todos os setores analisados, o percentual de unidades de negociação com reajustes acima do INPC-IBGE foi superior a 90%.

“No Brasil, o governo sabe qual deve ser o papel do Estado, e tem financiado o processo de crescimento. E parte do empresariado e da elite tem se posicionado contra isso, e não é uma oposição contra o governo, é uma oposição contra o Brasil”, enfatizou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, valorizando o papel dos trabalhadores organizados no processo de desenvolvimento nacional.