800 mil vão às ruas no Brasil em defesa da democracia
Foi realizado ontem (31) o ato em defesa da democracia e contra o golpe, que reuniu mais de 800 mil pessoas em todo o País. Em São Paulo, 60 mil pessoas marcaram presença no ato que aconteceu na praça da Sé, no centro. O público era bem diferenciado, com estudantes, professores, militantes dos movimentos sociais, sindicalistas e artistas. A data marcada para a manifestação remete à 1964, pois nesse mesmo dia naquele ano foi instaurado um golpe no Brasil que levou o País à uma ditadura militar.
Os presentes na manifestação declararam que estavam lá em primeiro lugar pela democracia. Alguns fizeram críticas ao governo atual, mas acreditam que juntos, pode-se trabalhar para melhorar o País. Douglas Belchior, do movimento negro afirma: “Nós estamos na rua defendendo um governo legitimamente eleito. Nossa história é de golpes. E nós não vamos aceitar mais um. Mas nós não estamos satisfeitos com esse governo. Nós queremos muito mais e juntos vamos conquistar”.
A coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Nalu Faria, lembrou que por trás do golpe estão personalidades corruptas e que fogem de investigações, como o deputado Eduardo Cunha. Já Nádia Campeão, vice-prefeita da São Paulo, destacou que o golpe também tem o apoio da mídia, que tem grande influência sobre a população, mas não tem cumprido sua função com imparcialidade.
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas discursou a respeito dos direitos dos trabalhadores, que também estão em risco com a tentativa de um impeachment e clamou o povo a pressionar o Congresso Nacional contra o golpe.