5º Congresso aponta rumos para o Sindicato
O 5º Congresso teve seu início em julho quando a direção da entidade iniciou os preparativos, em 20 de setembro, houve abertura solene, em novembro e dezembro aconteceram as 25 plenárias regionais com participação ativa da categoria.
Nas plenárias a categoria debateu a estrutura sindical, a conjuntura, que naquele momento já tinha reflexos, no Brasil, da crise econômica que começara nos EUA e se alastrava para a Europa e outras partes do mundo.
Nas plenárias foram apresentadas propostas para enfrentamento da crise, saúde do trabalhador, meio ambiente, melhorias nas condições de trabalho e o comprometimento da entidade com as lutas sociais na construção de outro mundo possível.
Os cerca de 250 delegados, dos quais 35% de mulheres da categoria reuniram-se, em Atibaia, dias seis, sete e oito de fevereiro, para debater as propostas apresentadas nas plenárias e propor um plano de ações e lutas da categoria para os próximos três anos.
Analise da conjuntura
No sábado houve um importante debate sobre a crise econômica. Participaram o senador Aloísio Mercadante, o deputado federal Vicente Paulo da Silva (Vicentinho), ambos do PT, o presidente da CUT Nacional Artur Henrique e o economista e professor Anselmo dos Santos, da Unicamp.
Cada um dos palestrantes apresentou seu ponto de vista sobre a crise. Aloísio Mercadante apresentou sua analise como economista e Senador da República, afirmou…. O deputado Vicentinho por sua vez mostrou a luta de classes que se trava todos os dias na Câmara Federal e chamou a atenção para maior participação dos trabalhadores em Brasília para pressionar os congressistas a votarem leis que beneficiem a classe trabalhadora.
Artur Henrique, presidente da CUT reafirmou a posição da Central de não aceitar a precarização das relações trabalhistas, chamou oportunistas os empresários que querem reduzir jornada e salário, quer cortar direitos dos trabalhadores. “A CUT não negocia com ninguém a redução de direitos dos trabalhadores”, afirmou Artur.
O professor Anselmo dos Santos, afirmou que a crise é uma demonstração de que o capitalismo não é capaz de regular o mercado. No neoliberalismo, a proposta de estado mínimo levada ao extremo faliu e em mais uma contradição das muitas do capitalismo os empresários tiveram que pedir socorro ao Estado para enfrentar a crise.
As emendas
Os 250 delegados debateram as emendas à tese do Congresso, em torno de 50 emendas, foram apresentadas, debatidas e submetidas á votação. A grande maioria foi aprovada por unanimidade entre os presentes.
O Plano de ações e lutas reafirmou a luta da categoria por melhores condições de trabalho, pelo fim do Fator Previdenciário que prejudica os trabalhadores na hora da aposentadoria. O plano reforça a participação da entidade nas lutas sociais em defesa do meio ambiente, da criança e adolescente e em sua grande maioria foi aprovada por unanimidade.
Durante o Congresso foram apresentadas duas moções, ambas de repúdio, uma em repúdio ao massacre de Israel sobre os palestinos e outra em repúdio ao Deputado federal Candido Vacareza por conta do projeto de reforma trabalhista que retira direitos dos trabalhadores.
Também o dirigente Lourival Batista Pereira entregou ao Senador Aloísio Mercadante e ao Deputado Vicentinho um documento do Sindicato em repúdio ao fator Previdenciário e exigindo sua extinção.
O 5º Congresso encerrou-se com confraternização entre todos os delegados e delegadas, que saíram com a certeza de que sua entidade de classe se mantém firme na luta rumo a conquistas por uma vida melhor.